Thursday, December 11, 2014

‘Vegan Yoga’ será lançado em SP, dia 17 de dezembro

Oberom faz lançamento do livro que fala sobre Yoga e veganismo na capital paulista

Nascido na zona rural de Soledade de Minas, Oberom cresceu ali mesmo, rodeado pela natureza. O mais velho de seus sete irmãos, aos 20 anos saiu em busca de novas aventuras e de descobertas pelo mundo. Essa sua primeira viagem intercontinental deu origem ao seu primeiro livro “Viajando na Luz”, lançado em 2008 e traduzido em três idiomas: inglês, francês e alemão.
Agora em 2014, com 30 anos, Oberom irá a lançar o seu terceiro livro, “Vegan Yoga”. O lançamento será no auditório da Livraria Cultura, na av. Paulista, em São Paulo, no dia 17 de dezembro. O autor pretende fazer ainda esse ano o lançamento do livro em São Lourenço e no Rio de Janeiro. O jornal Correio do Papagaio encontrou Oberom para uma entrevista onde ele fala sobre o livro, as suas viagens e o controverso e inconveniente veganismo.
A idéia para o “Vegan Yoga” surgiu em uma das suas muitas palestras sobre Yoga, em que lhe foi pedido para que não abordasse o tema do veganismo, que é a bandeira que carrega com maior comprometimento.
Oberom decidiu então falar sobre o ‘Yogasutras de Patanjali’, que é um dos tratados mais importantes do Yoga, mas sob a perspectiva vegana.“Eu peguei a ahimsa que é a não violência e falei da não violência no aspecto verbal, no aspecto físico e no aspecto ético, em relação aos outros habitantes do planeta. Eu peguei satya que é a verdade, e também fiz a mesma coisa: o aspecto verbal, o pensamento, a ação”, lembra, e questiona: “será que a gente está sendo coerente?, a gente acredita que os animais sentem?, será que a gente está sendo verdadeiro?”.
Deste modo, Oberom fez o que lhe foi pedido, mas ao mesmo tempo não deixou de falar pelos animais, que é um compromisso que assumiu para si mesmo. “São seres sencientes, que ninguém advoga por eles. Eles não têm esse poder de defesa, são seres inofensivos, inocentes e são bastante explorados por nossas atividades desnecessárias”, explica.
Da palestra o texto se transformou em monografia de uma pós-graduação em Yoga que Oberom fez. Após ser redigido enquanto ele estava acompanhando um retiro na Coreia do Sul, o manuscrito ganhou as referências exigidas pela academia, o que tornou o trabalho mais profundo em termo de pesquisas científicas e de referências.
Oberom dedicou 2014 para tornar essa monografia em um livro, humanizando a formalidade do trabalho acadêmico, trazendo a sua experiência, os seus pontos de vistas, o seu background cultural e relatos mais pessoais.
O livro foi lido e comentado por pessoas reconhecidas na área, tais como Sônia Felipe, autora do livro Galactolatria e Gerson D’Addio, consultor técnico da Yoga Journal, a principal revista de Yoga do mundo. Com isso, Oberom lançou a proposta à editora Alfabeto, a mesma que publicou seus outros dois livros, e conseguiu que o livro fosse publicado ainda este ano e será também traduzido para outros idiomas.
“Eu queria que saísse esse ano porque tem muitos dados que são de 2013 e de 2014 e eu não queria que entrasse em 2015 e o dado de 2013 já ficou lá para trás”, conta Oberom. “Eu sei que as informações ali são quentes. Não é uma viagem de alguém que é fanático e quer convencer todo mundo; são informações mesmo”, explica.
Oberom sente diferenças entre trabalhar como palestrante no Brasil e no exterior, principalmente quando se trata de veganismo. Ele sabe que é um tópico que geralmente choca a platéia e que é inconveniente. Mesmo assim, ele afirma que é um trabalho essencialmente de amor. “O veganismo toca a todas as minorias. O nosso desrespeito com os animais é a raiz de todos os preconceitos. Aceitar que um ser inocente seja subjugado e escravizado faz com que a gente banalize o nosso igual”, declara.
“Não adianta eu bater boca e querer que essa informação prevaleça e seja engolida à força. Se a pessoa não está receptiva, tem que enviar amor e de repente vai haver a sensibilização. Se não... ou a pessoa deixa de ouvir e vive na ignorância dela – e eu digo ignorância no sentido de ‘ignorar’ - , ou ela vai mudar”, acrescenta.
No seu dia a dia, além de palestrante internacional e escritor, Oberom dá aulas de Yoga em Soledade de Minas e em São Lourenço.
Com apenas 30 anos ele já ganhou o respeito e o reconhecimento pelo seu trabalho e para 2015 a sua agenda está repleta de compromissos, entre palestras na Europa, nos Estados Unidos, aulas de Yoga e viagem em grupo para a Índia.

Thursday, December 4, 2014

Ukiemana faz apresentação musical em SP

Banda são lourenciana é destaque em festival independente



A banda Ukiemana encerrou a quinta edição do ‘Festival Já Regou Suas Plantas?’ em grande estilo, no último sábado, dia 29 de novembro. Com um público fiel na capital paulista, a banda se apresentou e encantou os presentes, que cantavam as suas músicas e dançavam ao som do reggae de raiz.O festival é um evento gratuito comunitário, organizado pela rádio comunitária de Butantã (SP), a Cidadã FM, com o objetivo de divulgação e promoção da cultura reggae e Rastafar I, priorizando bandas independentes e autorais. Esta foi a quinta edição de 2014, realizada no Céu do Butantã, e para os organizadores a festa de encerramento não poderia ter sido melhor.
“O festival concretiza um passo, um fortalecimento dessa rede, como um movimento social, cultural e artístico e que conseguiu esse ano, através do ‘Já Regou Suas Plantas’, também o reconhecimento pelo poder público”, explica um dos organizadores do evento, Pedro Ribeiro, que faz também parte do coletivo ‘Já Regou suas Plantas’.
A banda de São Lourenço tem na história mais de 10 anos de caminhada, e sempre que se apresenta em São Paulo o reconhecimento pelo seu trabalho é grande.
“Ukiemana é uma banda que já está com a gente nesse intercâmbio com São Paulo há muitos anos. Conseguir trazer um ponto da rede que não é daqui de SP é muito importante para nós, porque conseguimos ampliar e fortalecer a nossa rede. Conseguimos fortalecer um laço interestadual e trazer um pouco da produção cultural de Minas e de São Lourenço aqui para a cidade”, afirma Pedro.
Para Jonathan O’jan, vocalista da banda Ukiemana, é muito gratificante cada vez que a banda se apresenta em São Paulo. “Estamos muito felizes em poder nos apresentar novamente em SP, principalmente ao lado de grandes bandas que a gente admira, além de sentir o carinho e recepção dos fãs que juntos vibraram e cantaram nossas músicas tornando o show ainda mais especial”, disse após a apresentação.
“Vim aqui só para ver Ukiemana. É uma banda especial, que quando se apresenta toca a todos os corações”, disse Júlio Costa, 22, de São Paulo, presente no festival.
O festival aconteceu das 14:00h às 20:30h, proporcionando um evento para toda a família e comunidade do Butantã, zona oeste de São Paulo e contou também com manobras de skate e premiação. Além de Ukiemana se apresentaram outras quatro bandas de São Paulo - Bloco Kaya na Gandaia, Filhos da Terra Reggae, Jah I Ras, Veja Luz – e ainda teve a discotecagem de High Public Sound.
A idéia do Festival nasceu do sucesso do programa de rádio “Já regou suas plantas?”, fundado em 2002 na rádio livre Várzea, e hoje no ar na Rádio Comunitária do Butantã, Cidadã FM (www.cidadafm.com.br - 87,5 FM).
Hoje, a Rádio Comunitária conseguiu ser contemplada pelo edital do Ministério da Cultura e se transformar em Ponto de Cultura, o que possibilitará mais realizações para o ano de 2015.