Oberom faz lançamento do livro que fala sobre Yoga e veganismo na capital paulista
Nascido na zona rural de Soledade de Minas, Oberom cresceu ali mesmo, rodeado pela natureza. O mais velho de seus sete irmãos, aos 20 anos saiu em busca de novas aventuras e de descobertas pelo mundo. Essa sua primeira viagem intercontinental deu origem ao seu primeiro livro “Viajando na Luz”, lançado em 2008 e traduzido em três idiomas: inglês, francês e alemão.
Agora em 2014, com 30 anos, Oberom irá a lançar o seu terceiro livro, “Vegan Yoga”. O lançamento será no auditório da Livraria Cultura, na av. Paulista, em São Paulo, no dia 17 de dezembro. O autor pretende fazer ainda esse ano o lançamento do livro em São Lourenço e no Rio de Janeiro. O jornal Correio do Papagaio encontrou Oberom para uma entrevista onde ele fala sobre o livro, as suas viagens e o controverso e inconveniente veganismo.
A idéia para o “Vegan Yoga” surgiu em uma das suas muitas palestras sobre Yoga, em que lhe foi pedido para que não abordasse o tema do veganismo, que é a bandeira que carrega com maior comprometimento.
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Deste modo, Oberom fez o que lhe foi pedido, mas ao mesmo tempo não deixou de falar pelos animais, que é um compromisso que assumiu para si mesmo. “São seres sencientes, que ninguém advoga por eles. Eles não têm esse poder de defesa, são seres inofensivos, inocentes e são bastante explorados por nossas atividades desnecessárias”, explica.
Da palestra o texto se transformou em monografia de uma pós-graduação em Yoga que Oberom fez. Após ser redigido enquanto ele estava acompanhando um retiro na Coreia do Sul, o manuscrito ganhou as referências exigidas pela academia, o que tornou o trabalho mais profundo em termo de pesquisas científicas e de referências.
Oberom dedicou 2014 para tornar essa monografia em um livro, humanizando a formalidade do trabalho acadêmico, trazendo a sua experiência, os seus pontos de vistas, o seu background cultural e relatos mais pessoais.
O livro foi lido e comentado por pessoas reconhecidas na área, tais como Sônia Felipe, autora do livro Galactolatria e Gerson D’Addio, consultor técnico da Yoga Journal, a principal revista de Yoga do mundo. Com isso, Oberom lançou a proposta à editora Alfabeto, a mesma que publicou seus outros dois livros, e conseguiu que o livro fosse publicado ainda este ano e será também traduzido para outros idiomas.
“Eu queria que saísse esse ano porque tem muitos dados que são de 2013 e de 2014 e eu não queria que entrasse em 2015 e o dado de 2013 já ficou lá para trás”, conta Oberom. “Eu sei que as informações ali são quentes. Não é uma viagem de alguém que é fanático e quer convencer todo mundo; são informações mesmo”, explica.
Oberom sente diferenças entre trabalhar como palestrante no Brasil e no exterior, principalmente quando se trata de veganismo. Ele sabe que é um tópico que geralmente choca a platéia e que é inconveniente. Mesmo assim, ele afirma que é um trabalho essencialmente de amor. “O veganismo toca a todas as minorias. O nosso desrespeito com os animais é a raiz de todos os preconceitos. Aceitar que um ser inocente seja subjugado e escravizado faz com que a gente banalize o nosso igual”, declara.
“Não adianta eu bater boca e querer que essa informação prevaleça e seja engolida à força. Se a pessoa não está receptiva, tem que enviar amor e de repente vai haver a sensibilização. Se não... ou a pessoa deixa de ouvir e vive na ignorância dela – e eu digo ignorância no sentido de ‘ignorar’ - , ou ela vai mudar”, acrescenta.
No seu dia a dia, além de palestrante internacional e escritor, Oberom dá aulas de Yoga em Soledade de Minas e em São Lourenço.
Com apenas 30 anos ele já ganhou o respeito e o reconhecimento pelo seu trabalho e para 2015 a sua agenda está repleta de compromissos, entre palestras na Europa, nos Estados Unidos, aulas de Yoga e viagem em grupo para a Índia.