Wednesday, September 23, 2015

Primavera Cultural planta semente de arte e cultura na cidade de São Lourenço

A primeira edição do Festival envolveu artistas, oficineiros, músicos e palestrantes locais e regionais com o objetivo de fomentar a cultura e integração social e cultural


 
Nos dias 19 e 20 de setembro, o Festival Primavera Cultural promoveu diversas atividades gratuitas no Parque Municipal Ilha Antônio Dutra, em São Lourenço.
O evento teve como objetivo valorizar as expressões culturais brasileiras de modo a promover o intercâmbio entre artistas, fomentar a interiorização e democratização do acesso a cultura e contribuir para a promoção do desenvolvimento sociocultural turístico e econômico da região, a primeira edição do Festival foi um sucesso e pretende entrar para o calendário anual da cidade.
No sábado, foram realizadas atividades infantis, com pintura de rosto, espaço das crianças, oficina de circo e teatro, trazendo as cores da primavera para a Ilha Antônio Dutra. A Gerência do Meio Ambiente participou com a doação de 20 mudas de árvores frutíferas, plantadas pelas crianças e participantes do evento na área de Preservação Ambiental.
A Polícia Ambiental também esteve presente com estande de materiais de caça apreendidos e a exposição de uma cascavel. Ainda no contexto ambiental, Robert de Oliveira, gestor ambiental e presidente da Ong Arara, parceira do Primavera Cultural, apresentou uma palestra sobre o “Meio-ambiente e Seus Desafios”, seguida de distribuição de sementes.
Oficinas de música, contação de história, aulão e roda de Abadá capoeira, apresentação cultural de Coral e Seresta e Street Dance fizeram o primeiro dia de festival uma grande festa.
“O evento foi ótimo. Fui com as minhas duas filhas e elas amaram, participaram de diversas atividades”, conta Dunia Catapano, professora da Escola Estadual Antônio Magalhães Alves. “A inserção de novos elementos culturais é muito importante e São Lourenço necessita de mais iniciativas como esta”, ressalta.

    

    

    

Na noite de sábado, o festival teve aproximadamente 3 mil pessoas no evento, escutando diferentes estilos musicais, se inspirando com a cultura e com a diversidade cultural presente na cidade. O Festival cedeu espaço para artistas locais e regionais apresentarem os seus trabalhos: de São Lourenço, Mc Dimenor, Mc Lukinha, Prince; de Aiuruoca, o artista Drimpê; de Passa Quatro, Qcai e Bong e de Itamonte, Reet Kush.
Diretamente do Rio de Janeiro, o evento teve ainda apresentações de TheBosh55 e de Igor Bidi. Finalizando a noite com o sãolourenciano Ojan, acompanhado da renomada backing bandRoyal Reggae Band, recém chegada de turnê europeia, onde se apresentou nos maiores festivais de reggae da Europa.
A Ilha estava repleta de jovens, de diferentes meios culturais que celebraram em harmonia a entrada da primavera.
“O nosso objetivo principal foi concretizado: mostrar para os jovens da cidade que temos um espaço e que a cultura pode ser promovida com qualidade para todos”, explica Michelle Elise, assistente social, uma das realizadoras do evento. “Quando se quer, se faz, mesmo com poucos recursos, tanto financeiro quanto de orgãos competentes”, ressalta.

    

    

   

     

No domingo, o evento teve mais atividades para as crianças, com pintura de rosto, livros e jogos teatrais. Durante o dia foram realizadas mais palestras, com Patrícia Rodrigues e Thiagy Das, sobre Economia Co-criativa e com Oberom, com a palestra “Libertando-se da Zona de Conforto”. No final da tarde, o público assistiu às apresentações de teatro da Cia Flor da Mantiqueira e do Grupo Viver, com a Dança Cigana.
Durante a noite, mais uma vez a valorização dos artistas locais, com apresentações de Cacá Mariano, Tukriyatu, Skull Face e Função Nativa. Para finalizar em grande estilo, o Festival convidou Dada Yute, o jovem vocalista internacionalmente reconhecido, também recém-chegado da Europa, onde realizou a turnê com a Royal Reggae Band. São Lourenço foi a primeira cidade brasileira em que se apresentaram após a turnê e o público vibrou ao som do profissionalismo e qualidade dos artistas de São Paulo.
“Apesar da importância do evento, a nível social, cultural e turístico, sentimos um grande descaso da Secretaria de Turismo, Esporte e Cultura que, entre outras coisas, esqueceu de notificar os feirantes da realização do festival, o que gerou transtorno para eles e para nós”, explica a assistente social.
A feira é realizada todos os domingos no local, porém quando é realizado um evento que pode atrapalhar o funcionamento da feira, ela é transferida para o bairro da Federal. No entanto, tal não aconteceu, o que deixou os feirantes insatisfeitos. O jornal Correio do Papagaio procurou a Secretaria de Turismo, Esporte e Cultura, mas até o fecho da edição não recebeu resposta. “Ainda assim, e apesar dos percalços, o evento foi marcado por sentimentos de emoção, alegria e muita cultura”, conclui Michelle Elise.
A primeira edição do Festival Primavera Cultural foi realizada pelo Movimento Independente Resistência e Arte (MIRA), com o apoio imprescindível de voluntários, jovens e adolescentes que acreditam na arte e na cultura como forma de mudança social.
O evento teve o patrocínio do Carrossel Supermercados, a empresa Mury Contabilidade e o Hotel Guanabara e contou com apoio local: Estúdio Ponta de Flecha, William Eventos, Alquimia Divina, BigStar Motos, Conecta, Açougue Brasília, Gráfica Novo Mundo, Inove, Emporium Vida.
Os organizadores ressaltaram o importante suporte oferecido pelo prefeito municipal, José Sacido Barcia Neto e pela Secretaria de Desenvolvimento Social, em especial Ralph Eboli Lage e o Projeto Crer-Ser.

    

     

     

     

I Slack Mantiqueira Line



Em simultâneo ao Festival Primavera Cultural, foi realizado o I Slack Mantiqueira Line, o primeiro campeonato da modalidade em São Lourenço. O evento teve participantes de diversas cidades, entre elas, São Lourenço, Itajubá, Varginha, Paraisópolis e São Paulo.
“O campeonato proporcionou a integração e o fortalecimento de laços entre atletas, troca de experiências e superação de limites”, explica Daniel Tavares da Rumos Trekking, organizador do Campeonato.
O I Slack Mantiqueira Line teve como objetivo proporcionar um ambiente agradável e descontraído, visando o bem-estar físico e mental de todos os participantes, que puderam testar suas aptidões e experimentar a prática desse esporte.
Durante o evento foi sorteado um kit trazido por Zion Oliveira, atleta de São Paulo, com o objetivo de ajudar ainda mais na divulgação do esporte na região. O kit contou com super prêmios: kit Slack Line 10m + Camiseta + Adesivo + Chaveiro + Caneta.
Os vencedores da competição:

Feminino:
1º: Jessica Dominghetti (Varginha/MG)

2º: Thamires Mello (Itanhandu/MG)

3º: Helena Livotto (São Lourenço/MG)

Iniciante:
1º: Gustavo Costa (Paraisópolis/MG)

2º: Caue Barros (Paraisópolis/MG)

Categoria Amador:
1º: Christian Roque (Varginha/MG)

2º: Jefferson Faria (Varginha/MG)

3º: Eduardo Moraiis (Itajubá/MG)

Profissional:
1º: Allan NL (Paraisópolis/MG)

2º: Matheus Barbosa (Paraisópolis/MG)

3º: Alan Carvalho Milad (Pindamonhangaba/SP)

Thursday, September 3, 2015

Apae de São Lourenço realiza atividades e apresenta fantástica Exposição Fotográfica

Caminhada Rústica, piquenique no Parque das Águas, passeio de trem e charrete foram algumas das atividades que marcaram as comemorações da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla



A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de São Lourenço celebrou em grande estilo a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. Durante toda a semana a Associação desenvolveu atividades com o objetivo de apresentar o potencial artístico, intelectual e atlético dos alunos.
O ápice das comemorações foi uma belíssima exposição fotográfica, intitulada “Olhar Inclusivo”, inaugurada na quinta-feira, dia 27, no Calçadão Rui Garcia Machado, com a apresentação de tambores dos alunos da Apae.
As fotos emocionam, inspiram e encantam, transportando o visitante para um mundo mágico das histórias encantadas. A fotógrafa Selva Bizarria escolheu o tema “Contos de Fadas” exatamente para despertar essa magia dentro de cada um deles e de cada pessoa que visse as fotos, despertando esse “olhar inclusivo” e elevando a autoestima dos alunos, que por um dia se sentiram verdadeiros príncipes e princesas. “Foi uma experiência única fotográ-los. Envolvê-los nesse conto de fadas foi emocionante”, conta a fotógrafa.
Para o diretor administrativo da Apae, André Mattos, o objetivo da exposição é levar uma reflexão para a sociedade através da fotografia. “Mostrar para a sociedade como pode ser mágico, bonito e normal uma criança com deficiência tirar uma foto, ter uma exposição dessa forma”, comenta André e acrescenta: “Trazer nesse espaço, no Calçadão, para mostrar a beleza que tem dentro da Apae e que tem dentro do deficiente. Esse é o objetivo dessa exposição que vem coroar a semana de atividades”.
A Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla foi celebrada com variadas atividades com os alunos: passeio pela cidade em charretes e no trenzinho, no dia 25; passeio no Trem das Águas, no dia 26; V Caminhada Rústica, que começou bem cedo na manhã de quinta-feira (27); e piquenique no Parque das Águas, na sexta-feira, dia 28.
As Apaes de todo o Brasil estão celebrando a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla que, este ano, tem como tema “Construindo uma história de igualdade e de oportunidade para todos! Apae Brasil: 60 Anos fazendo inclusão”.
A Apae de São Lourenço foi fundada em junho de 1956, sendo a primeira de Minas Gerais e a segunda do Brasil.
A Apae atende diariamente 220 crianças com deficiência intelectual, provenientes de todos os níveis socioeconômicos de São Lourenço e cidades vizinhas.
A entidade presta assistência, educação e saúde, de forma gratuita, para bebês - desde 2 meses de idade - adolescentes, adultos e até idosos, sendo que o aluno mais velho tem 62 anos.


1ª Conferência Regional de Juventude transforma jovens em protagonistas

Realizada na Câmara Municipal, a Conferência mobilizou jovens de Soledade, Carmo de Minas, Baependi, Dom Viçoso e São Lourenço para discutir e propor ações para os poderes públicos



Com o tema “As várias formas de mudar o Brasil”, a 1ª Conferência Regional de Juventude, realizada na quinta-feira, dia 27 de agosto, movimentou o auditório da Câmara Municipal, com um efervescente de ideias, projetos e questionamentos.
Os estudantes vieram de diferentes escolas da região, representando os municípios de Soledade de Minas, Baependi, Dom Viçoso, Carmo de Minas e São Lourenço.

O clima no auditório da Câmara Municipal rejuvenesceu e absorveu o idealismo e a força de mudança dos jovens protagonistas. Entre muitas propostas, aclamava-se por maior valorização do professor, por direito à cultura, por uma alimentação mais saudável e sem agrotóxicos, por inclusão de jovens dentro do setor público e, muito, muito mais.
As discussões e apresentações das ideias eram explanadas de forma quase informal, mas a sua essência demonstrou a vontade e a necessidade concreta dos jovens buscarem formas de mudar a sua realidade.
Conduzida pelo representante da subsecretaria de Estado de Juventude, Antônio Veríssimo, diretor de Combate à Violência contra a Juventude, a Conferência torna-se uma oportunidade para os jovens demonstrarem o que pensam e o que acreditam ser a melhor forma de mudar o Brasil.
Para Antônio Veríssimo, a Conferência é um mecanismo de diminuição do espaço entre o poder público e o civil e transforma-se na porta de entrada para a organização social, através do empoderamento da juventude.

Sara Cavanela Xavier, professora de sociologia do ensino médio da escola Nossa Senhora de Montserrat, de Baependi, sublinha a importância da Conferência enquanto espaço de reflexão, de discussão, de interação e de aprendizado para os estudantes que muitas vezes nunca tinham ido a uma Prefeitura ou Câmara Municipal, nem nunca se sentiram atores e participantes da politica.

“Agora, o que a gente quer é que isso de fato venha a interferir na nossa realidade e na construção de politicas públicas que façam sentido e que não fique apenas na discussão”, comenta a professora.
Antônio Veríssimo explica que após a Conferência serão reunidos todos os relatórios e as propostas para serem elaborados e posteriormente serem transformados em políticas públicas nos diversos setores em que se aplicam. “A Conferência tem um êxito muito grande na prática. O atual Estatuto da Juventude é um resultado de Conferências passadas”, explica o representante da subsecretaria de Estado.
Nos alunos, via-se um brilho no olhar de quem de fato se tornou protagonista na ação de criar um Brasil melhor. Palavras, causas e discussões sobre temas tão importantes, dentro dos diferentes eixos, como meio ambiente, participação política, cidadania, diversidade, cultura, questões raciais, segurança pública, fizeram a Câmara Municipal de São Lourenço um lugar para sonhar com um futuro melhor.
“Este evento foi muito importante porque mostrou para os jovens que a gente pode participar e que a nossa opinião é bem vinda para as mudanças no país. Eu adorei!”, relata Maria Eduarda, estudante da Escola Estadual Cônego José Divino, de Dom Viçoso.

A Conferência começou às 08:30h e se estendeu até às 16:00h, com pausa para almoço e no final um pequeno lanche para os participantes.

Por fim, foram eleitos dois delegados de cada cidade que irão levar as propostas para a Conferência Estadual e depois para a Nacional, que servirão de base para a elaboração do Plano Nacional de Juventude.
Lília Dias, ex-aluna da escola Mario Junqueira Ferraz e integrante do coletivo Quilombo, foi eleita delegada de São Lourenço e sublinhou a importância da representatividade da juventude e a necessidade da criação de um espaço onde eles possam ter voz. “Atualmente vemos um quadro muito grande de pessoas conservadoras e a nossa juventude não tem voz e está alienada”, afirma. E garante: o próximo passo será representar essas ideias e ideais nas próximas Conferências Estadual e Nacional.
O evento é uma realização da subsecretaria de Estado de Juventude de Minas Gerais, em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.