Silêncio. Silencioso. Silêncio.
Quietude. Calma.
Olhar para dentro.
Respirar fundo e guardar os pensamentos nas gavetas dos armários da mente.
Salas escuras e empoeiradas.
Escadas de gavetas entulham os espaços.
Corredores subdividem-se em sub-corredores.
Labirintos de lembranças mentais e sensoriais.
Memórias e mais memórias obstruem as passagens, transformando as ruas sem saída.
Os espaços são escuros e com teias de aranha.
Velhos e com cheiro de mofo.
Ao fundo, bem lá no fundo, há uma pequena luz.
Parece uma pequena faísca, trémula e instável.
Os corredores se multiplicam ao passar por eles, parecem não ter fim.
Aos poucos a pequena luz vai ficando mais forte.
Mais segura.
Um calor, um aconchego, uma sensação de abraço.
A luz expande e, como uma rajada de vento abrindo a janela fechada, ela entra e ilumina tudo.
O ar fica mais limpo, mais fresco.
O vento, que antes parecia uma brisa, agora parece mais um tornado.
Coisas voam, gavetas rodopiam.
Livros são folheados em segundos e páginas se destacam.
Frases entram em colapso espiralítico.
Palavras se separam das letras.
E sensações das palavras.
O ego se apega. Se agarra. Grita, chora, coça, ameaça.
A luz agora já rompeu todas as barreiras da matéria.
A alma finalmente sorri e se liberta.
Múltiplas cores e formas geométricas.
Tempo e espaço não existem mais.
Silêncio. Silencioso silêncio.
Faxina mental.
Leveza de Ser.
O ar está mais puro. O sorriso mais fácil. O olhar mais sincero.
Ah.. . . como é bom o silêncio!!
"In silence and waiting something of you goes on growing - your authentic being"
Lindo Deh! É primavera quem fala são as flores e suas cores! Bjão Bárbara
ReplyDelete<3 Linda irmã.... são mesmo as flores, trazendo bons cheiros e cores!!! beijao querida
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